domingo, 24 de novembro de 2013

Recap do PTQ da Gargula

Boas!

Ontem tive o prazer de participar no maior torneio de sempre a nivel nacional. O PTQ da Gargula teve 197 participantes!

Em primeiro lugar quero dar os meus parabéns à organização do evento, em especial ao Rui Casas Novas por ter sabido gerir muito bem todos os recursos à sua disposição para que ninguém tivesse que ficar de fora. A ideia do desconto significativo no preço da inscrição fez com que a quase totalidade dos jogadores presentes tivesse já registada e com o pagamento efetuado, fazendo com que o maior PTQ de sempre em Portugal começasse sem grandes atrasos e sem a confusão de filas do custume!

Ao contrário dos formatos de limited anteriores, tenho dado muito mais importancia ao facto de testar a parte de sealed do que a parte de draft, uma vez que extintos os nacionais, antes de se chegar a parte de draft têm que se jogar bastantes mais rondas de sealed. O resultado desta nova gestão do meu tempo de playtesting foi num passado recente Top8 no Championship de M14, Top8 no PTQ Valencia no MTGO, 8-1 no day1 do GP Valência e agora Top8 no PTQ Valencia da Gargula. Como consequencia os drafts que vêm na sequencia desses sealeds têm sido um desastre, mas como diz o Jorge Jesus o importante é estar nos momentos das decisões, mais vale morrer na praia do que morrer em alto-mar.

Apesar de tudo, foram criados recentemente no MTGO 8man sealeds que me permitiram jogar bastantes mais sealeds do que o normal, uma vez que estes são bastante rapidos. O meu resultado combinado desses sealeds era de 25-2 ( 7 3-0's 2 2-1's) por outro lado o resultado dos 8-4 era 3-7, sendo que nenhum dos 3 foram na mesma ronda e o formato de single elimination é generoso o suficiente para acabar com o teu sofrimento e apenas te deixar perder uma vez com o mesmo deck (quando este reunia os requesitos minimos para poder ser apelidado de tal).

Vou agora saltar as "Mendoncisses" e "Martinhices" ocorridas durante a viagem e passar para a parte em que abro uma pool com literalmente 2 cores jogaveis, com 22 cartas boas em que os cinco minutos que demorei a fazer o deck foram gastos a decidir se jogava com o hippocamp ou com o bronze stable.


Estava obviamente bastante satisfeito com o meu deck e todas as minhas vitórias não tiveram muita historia. Nas seis primeiras rondas os meus draws foram sempre bastante acima da média, os dos meus oponentes bastante medianos, não houve cá scrus nem floods nem mulligans para os meus lados, enquanto que de vez em quando os meus adversários lá eram castigados pela má sorte. Foram todas vitórias por 2-0 em jogos bastante rapidos em que o meu deck entrava em piloto automático e o Profeta, o Bow e/ou o Seagod's Revenge fechavam o jogo. Pelo meio houve um ID com o Márcio em que aproveitámos para jogar uns jogos de Legacy.

Na sétima ronda tive a minha derrota no torneio, onde do primeiro jogo aconteceu algo irreal em que sigo com uma mão um bocado duvidosa com 5 Terrenos Thassa e Griptide. Bisquei terrenos do primeiro ao ultimo turno, com a Thassa a meter mais 3 para baixo no upkeep! Há testemunhas!! No segundo jogo, quando pensava que tava mais ou menos controlado, com alguma pressão e Seagod's Revenge na mao o Golgari do meu oponente baixa-me Elspeth e não consigo biscar Thassa ou Nimbus Naid para conseguir matar a menina antes que ela desse +2+2 e asinhas aos milhares de putos que ela própria tinha criado!

No win and in da oitava ronda apanho o Campina a jogar com um deck bastante handicaped, diga-se de passagem, tendo já sido obrigado a ter que o usar para defrontar o Márcio e o Chan neste torneio. É caso para dizer que não há torneios faceis! (a não ser que o vosso nome seja João Andrade).

Top8 com bastante nivel com Pedro Serrão, Ricardo Beja, Frederico Bastos, Flavio Lopes, Marcio Carvalho, Joao Andrade e Mauro Peleira.

Antes do draft é nos dito que vou jogar com o Serrão na primeira ronda, num confronto que em caso de vitória me permitiria ficar como o jogador mais bonito em prova, e na segunda ronda jogariamos com o vencedor o jogo dos bis, Bastos-Mauro.

O draft acabou UG como o sealed em que por vezes senti que a torneira abria e fechava conforme lhe aptecia quer por opção dos outros jogadores, quer por infortunio nas cartas abertas, tendo terminado com o seguinte:


Apesar das incomuns terem sido bastante razoaveis faltava o checkmark em algumas das principais razões para estar de UG (by Tiago Chan).

Pior que isso, nem sequer tive oportunidade para picar os devidos substitudos Tier 2, como time to feed, vaporkin ou feral invocations. O que me levou a ter que jogar com raposas e fades de base. Mas hey... se alguem tem andado habituado a jogar com drafts de merda sou eu, e este nem era dos piores!

No confronto dos dois jogadores mais bonitos do torneio, a sorte esteve do meu lado, uma vez que o deck do Serrão era provavelmente o melhor deck do Top8, tendo os meus draws sido consideravelmente superiores aos dele os jogos foram ambos super picados, tendo ficado a 1 no primeiro jogo e o segundo jogo ter se resumido a ele não ter biscado o oitavo terreno para fazer o monstro do kraken na unica window que teve.

Na ronda seguinte joguei com o Mauro e o jogo decidiu-se com um surprise scorpian via profeta para matar um monstro dele e umas taticas para fazer o meu emissario (e quimera 3-4) sobreviver a um anger of gods (podia ter feito o profeta sobreviver, mas uma vez que a minha mao era um fade e 1 chimera, achei que o profeta já ia fazer muito pouco, e não quis arriscar-me a perder a 3-4 voar para um magma jet, ou algo do genero)

Na final defronto o João Andrade que toda a gente me diz que tinha um deck absurdo e no primeiro jogo após um inicio bastante explosivo do meu adversário, lá consigo controlar as operações e apesar de ter biscado algo com 6 terrenos seguidos o João faz runner runner runner e apesar de uns mistriggers la para o meio (:P) conseque me roubar (literalmente) o primeiro jogo. No segundo jogo sidebordo bastantes biscos à Chan (mais cu que power) lá para dentro e ganho com alguma facilidade. No terceiro jogo percebo da pior maneira  porque é que toda a gente dizia que o deck dele era bué bom e levo com bixo, ordeal, truque, truque, truque e perco antes de ter mana para fazer Seagod's Revenge.

Volta para casa com as  "Mendoncisses" e "Martinhices" do custume, desta vez acompanhadas de algumas "Minervisses" à mistura e pronto, foi assim o meu PTQ!

um abraço,

mad


domingo, 17 de novembro de 2013

GP Valência quick recap

Boas!

No fim de semana passado decorreu o GP Valência no qual terminei em 38º lugar.

No primeiro dia abri uma pool com a qual não fiquei mesmo nada satisfeito, no entanto os draws do deck foram sempre bastante solidos e terminei o dia 8-1 obviamente muito satisfeito com o resultado (com 2 byes).

Aqui está a pool com que tive que trabalhar, optando por um BR o mais agressivo possivel e onde podia jogar com as duas melhores raras da pool.



No segundo dia comecei com um draft bastante solido, em que poderia ambicioar o 3-0, apesar de 2-1 ser bastante mais realista, tendo isso esse efectivamente o resultado com que terminei o draft.




O segundo draft correu pior, e apesar da semelhança em algumas cartas, o power level era consideravelmente inferior ao primeiro. 2-1 para top16 (sem muito azar nos tie-breakers) era algo que não me surpreendia, sendo que 3-0 para top8 já era algo bastante ambicioso. Acabei 1-2, que tambem não me surpreende, tendo ganho a ultima ronda do torneio para fugir ao 0-3 (que seria demasiado, sinceramente) e terminando o torneio em 38º com 200USD de prémio de consolação.


Para a próxima semana temos o PTQ na gargula, e os recém criados 8man sealed têm ajudado bastante a compreender o formato de sealed (algo que já me sentia confortavel), vamos ver agora se arranjo tempo para fazer mais uns drafts, algo que bem preciso!

mad

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Online PTQ 13/10 recap

  Ontem decorreu no mtgo mais um PTQ Born of the Gods. 819 participantes obrigaram a 11 rondas de suiço, na qual fui bafejado pela sorte e consegui fazer top8.

  Muito graças a um deck, certamente dos melhores que já tive em qualquer formato e que com certeza muitos de vocês estão curiosos para ver, podem retirar o file do MTGO aqui.

  Tentem fazer a vossa build e vejam em quanto se assemelha à minha. (o que não deve ser dificil, lol)



  Findas as 11 rondas, terminei 10-1 seed 3 para top8, no qual a derrota é fruto de algum cansaço, pois tar a jogar ao fim de 10 horas às 4 da manha, não é certamente tarefa facil...

  Seguiu-se o draft, com o crash tipico para top8, onde apos ter que reiniciar o MTGO fiz login a faltarem 5 segundos nos relogio, e que nem tive tempo de ver o resto do pack, somente pickei a rara por instinto. Podem ver o draft aqui!

  O deck era bastante mediano e a ronda correu muito mal. Um mulligan em cada jogo e a falhar alguns land drops essenciais para acompanhar o desenvolvimento da board do nosso adversário. O matchup tambem podia ter sido mais favoravel, uma vez que UG monstros não era bem o que 2 anger of the gods queriam apanhar...

  Perder na primeira do top8 é sempre um tanto ao quanto frustrante, mas a luta continua e pode ser que para a semana os deuses estejam menos chateados.

  Espero que tenham gostado.

mad

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

mad VS Tiago_ #1 Recap!

Pois é...está concluida a primeira edição do mad VS Tiago_. Jogámos o matchup escolhido por vocês e o resultado final foi de Jund 1 - 3 UWR.

Mas como é obvio o resultado foi o menos importante ( :D :D), e creio que a iniciativa tenha sido um sucesso.

No geral penso que seja um matchup equilibrado e o facto do Tiago Chan ser melhor jogador, particularmente neste tipos de matchup, em que a optimização da utilização de todos os recursos disponiveis é um factor bastante importante, tenha feito o pendulo balançar para o lado dele.

Relativamente às cartas:

Os Goyf são claramente os melhors bixos deste matchup, que são apenas resolvidos com Path To Exile.

As Lilianas ficaram um bocado aquém das expectativas. Todos os bixos dele conseguem atacar efectivamente a liliana antes que eu consiga fazer o primeiro edito e o UWR conseque recuperar muito mais rapidamente do que o Jund quando estão os dois em topdeck mode.

Os confidant são bastante bons quando sobrevivem, mas é algo muito raro.

O UWR consegue resolver sem grande problema todas as man-lands, quer através de Tec Edge, quer através de spot removal ou flashed Restoration Angels.

As pyroclasmas são surpreendentemente boas neste matchup.

Os Restoration Angel e os Thundermaws são bixos bastante dificeis de lidar, por terem mais de 3 de resistencia, sendo que o Thundermaw proporciona um clock mesmo muito rapido.

O celestial Purge está lá sempre!

Espero que possamos continuar com este projeto, para isso contamos com a vossa ajuda e feedback!

Na próxima semana não garanto que consiga ter tempo para o duelo, mas de qualquer maneira vou deixar a votação aberta. O formato vai ser novamente modern, e a lista de decks vai ser a mesma. Caso os dois primeiros decks voltem a ser os mesmos, o matchup passa para o deck seguinte. Até lá, um grande abraço!

Chandra's Jund (Reid Duke GP Detroit Top8)
Affinity (Alex Majlaton GP Detroit Top8)
GB Rock (Willy Edel GP Detroit Top8)
Jund (Ben Stark GP Detroit Top8)
Melira-Pod (Josh McClain GP Detroit Winner)
Ajundi (Ben Moir GP Detroit Top8)
Splinter Twin (David Caplan GP Detroit Top16)
Scapeshift (James Chong GP Detroit top16)
Naya Midrange (Brian Kibler GP Detroit top16)
RG Tron (Dreamcrusher119 Modern Premier Event 1st place)
UR Delver (seydaneen Modern Premier Event 6th place)
UWR (Shahar Shenhar Player's Championship Champion)
GW Hexproof (Reid Duke Player's Championship Runner up)
Merfolks (u_mad_bro Daily 4-0 :) )

mad

terça-feira, 17 de setembro de 2013

mad VS Tiago Chan

Caros Biwers!

Conforme foi anunciado ontem na Stream do nosso amigo Tiago Chan, eu e o próprio Tiago decidimos fazer algo inovador.

Para quem não viu, a ideia é a seguinte:

Vocês escolham um formato.

Vocês escolhem um Matchup.

Eu e o Tiago Chan jogamos o matchup.

Cada um de nós streama o jogo, e vocês podem ver ambos os lados do matchup. A ideia é que ambas as streams estejam ligadas, para que se possam acompanhar ambas a mãos e depois se tenha o som do lado que preferirem ouvir. Uma vez que a stream grava automáticamente os videos, depois se quiserem podem ver todo o lado do oponente!

A meu ver isto é bastante mais interessante do que os "Brad vs Gerry" uma vez que:

A qualidade do video é bastante melhor. Consegue se ver perfeitamente cada carta em jogo, cada carta na mão e cada trigger.

É possível seguir toda a linha de pensamento de um jogador, algo que não pode ser feito se o nosso oponente estiver a ouvir o que nós falamos, como acontece nos "Brad vs Gerry".

Como já disse anteriormente os videos ficam gravados. Podemos ver e rever as jogadas mais importantes, de um lado e do outro do matchup.


A primeira edição desta rúbrica vai ser na próxima quinta-feira, e ao contrário das próximas edições nós vamos escolher o formato desta. A explicação é simples. Queremos dar mais tempo para a votação do matchup e uma vez que queremos começar já na próxima quinta vamos usar estes 2 dias para escolherem os decks.

O formato escolhido vai ser Modern. Penso que seja o unico formato interessante neste momento. Não vai haver mais torneios de Standard com o bloco de Innistrad, e Return to Ravnica Block Constructed é ainda mais desinteressante, com Theros a bater-nos às portas. Para além disso, temos o mega Torneio da Hobbit's Land e quer eu, quer o Tiago vamos participar, assim como certamente muitos dos nossos viewers.

Do lado direito do ecran vão encontrar uma votação, em que vão poder escolher dois decks. Os dois decks com mais votos vão ser os que vamos testar. A lista é a seguinte:

Chandra's Jund (Reid Duke GP Detroit Top8)
Affinity (Alex Majlaton GP Detroit Top8)
GB Rock (Willy Edel GP Detroit Top8)
Jund (Ben Stark GP Detroit Top8)
Melira-Pod (Josh McClain GP Detroit Winner)
Ajundi (Ben Moir GP Detroit Top8)
Splinter Twin (David Caplan GP Detroit Top16)
Scapeshift (James Chong GP Detroit top16)
Naya Midrange (Brian Kibler GP Detroit top16)
RG Tron (Dreamcrusher119 Modern Premier Event 1st place)
UR Delver (seydaneen Modern Premier Event 6th place)
UWR (Shahar Shenhar Player's Championship Champion)
GW Hexproof (Reid Duke Player's Championship Runner up)
Merfolks (u_mad_bro Daily 4-0 :) )

mad

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Level Up: Sealed

  Desde sempre que uma das minhas maiores lacunas a nivel de Magic é o Sealed deck. Esta falha reflete-se especialmente na baixa (muito baixa mesmo) percentagem de top8's em PTQ's de Limited.

  Há um mito que diz que que Draft é 100% skill e sealed é 100% luck, e podia estar para aqui a queixar-me da minha falta de sorte quando calha a abrir pools, mas vou deixar esse artigo para o roça e concentrar-me em tentar mudar.

  Ao contrário do que muitos pensam construir um sealed deck é bem mais dificil do que parece (eu que o diga!), há que saber distinguir que apesar de serem usadas as mesmas cartas e serem ambos Limited, os Sealed decks e os Drafts de uma expansão são formatos muuuuuito diferentes um do outro, e consequentemente o power level das cartas pode variar substancialmente de um para o outro. Um Cyclonic Rift não tem certamente o mesmo impacto em draft do que aquele que tem em Sealed. Um Cancel por exemplo, é também muito mais importante num formato em que as bombas decidem muito mais do que a sinergia e a consistencia. Qualquer tipo de card advantage é geralmente mais importante do que tempo advantage, porque muito menos oponentes vão curvar de 1, 2, 3, não nos permitindo chegar assim à fase grindy do jogo.

  Por vezes é preciso ter o feeling do que é que podemos fazer com a pool. Se não temos bombas, nem grande power level no geral, mais vale apostar tudo num deck agressivo e consistente e tentar tirar partido dos decks e draws mais clunkys dos nossos adverários. Por outro lado se virem que com duas cores não vão a lado nenhum, mais vale usarem 3 ou 4 ter uma mana base mais ambiciosa para poderem usar o maior numero de high impact cards e rezar para que o mana saia certinho em pelo menos 66% dos jogos de cada ronda.

  Antes de mais, aqui fica a online PTQ schedule para o Pro Tour Born of Gods (Valencia)

MTGO PTQ 20 Setembro MMA Sealed
Madrid PTQ 10 Outubro Theros Sealed
MTGO PTQ 13 Outubro Theros Sealed
MTGO PTQ 19 Outubro Theros Sealed
Cordoba PTQ 19 Outubro Theros Sealed
Ourense PTQ 19 Outubro Theros Sealed (Galicia)
MTGO PTQ 20 Outubro Theros Sealed
MTGO PTQ 27 Outubro Theros Sealed
MTGO PTQ 3 Novembro Theros Sealed
MTGO PTQ 10 Novembro Theros Sealed
MTGO PTQ 17 Novembro Theros Sealed
Granada PTQ 17 Novembro Theros Sealed
Odivelas PTQ 23 Novembro Theros Sealed
MTGO PTQ 24 Novembro Theros Sealed
MTGO PTQ 29 Novembro MMA Sealed
MTGO PTQ 30 Novembro Theros Sealed
MTGO PTQ 1 Dezembro Theros Sealed
Burgos PTQ 1 Dezembro Theros Sealed


  Para além disso temos o PTQ da Gargula no dia 23 de Novembro, e antes, nos dias 9 e 10 de Novembro o GP de Valencia. Tudo em sealed!

  Dito isto, e de forma a melhorar o meu desempenho na proxima temporada de PTQ's online (sim, porque agora não posso sair de casa, tenho que apostar mais nesses :p) vou tentar fazer uns streams de uns release events de Theros e partilhar com vocês algumas notas!

 Até lá, aconselho-vos a verem os seguintes videos:

Sealed Seminar with LSV and Ben Stark



Rietzl, Stark, and Utter-Leyton M14 Sealed Deckbuilding


mad


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Mudanças!

Para quem já joga Magic há tanto tempo quanto eu, é fácil verificar que muita coisa mudou desde o dia em que o pequeno Gonçalinho decidiu comprar um baralho de Fortaleza. Nem sempre fazer um Lightning Bolt em resposta a um Giant Growth foi uma jogada trivial, nem bloquear um Mogg Fanatic com uma Sakura-tribe Elder foi tão “complexo” como é hoje. Vou então fazer uma lista das mudanças que acho que foram positivas ou negativas para o jogo, desde que comecei a jogar. (pelo menos as que me lembrar):

Positivas:


O Stack

Penso que não seja necessário explicar muito o porquê desta mudança ter sido positiva para o jogo. Para os mais novos até deve ser difícil de compreender que os únicos spells que poderiam ser jogados em resposta a outros eram as mágicas de interrupção (counters/rituais) e que a tudo o resto era aplicada uma teoria do tipo “Já está, já está!”. Raio no Savannah. Tens Crescimento na mão? Temos pena, já está, já está! Fireblast em ti. Tens Healing Salve na mão? Azar! Já está, já está! O magic só teria vivido tantos anos de forma tão saudável graças a esta mudança com as famosas regras de 6ª.

Dano de combate

Na altura das regras de 6ª também o dano de combate ia para o stack. Do meu ponto de vista o jogo só teve a ganhar com a mudança para a regra atual. Para além de que explicar a regra do dano no stack a alguém que jogava há pouco tempo parecia unicamente que estávamos a abusar das regras, a nível de flavor não fazia sequer muito sentido. Termos oportunidade de salvar o nosso cavaleiro depois de já ter levado uma valente marretada do Vasquinho a descer a montanha não me parece muito razoável. Se queres fazer fog, é bom que o faças antes da cabeça do Cavaleiro estar a rebolar pelo chão do campo de batalha… Para além disso penso que em termos estratégicos seja muito mais interessante ter que decidir se preferimos um terreno, ou que o nosso Sakura-Tribe Elder lute até a morte quando este decide enfrentar o nosso amigo Tiago Chan.

Mulligans

Nem sempre fazer mulligan foi um dado adquirido. Pois é… antigamente tinhas que mostrar uma mão de 0 terrenos ou 7 terrenos para poderes fazer mulligan, caso contrario, snap keep! Basicamente tínhamos todos que encarnar o papel de Fred Gémeo a cada vez que tirávamos uma mão. Penso que poderia ainda ser melhorado. Um free mulligan por ronda, ou algo do género:
·         Mão de 7 cartas
·         Mão de 6 cartas + peek à do topo
·         Mão de 6 cartas
·         Mão de 5 cartas + peek à do topo
·         Mão de 5 cartas

Legend rule

Longe vão os tempos em que ser lenda, significava que só podias ter uma no baralho, ou que quem baixava primeiro a Lin-Sivvi tinha automaticamente ganho o mirror de rebeldes. É difícil dizer se as regras de M14 vão ser benéficas para o jogo a nível de estratégia, mas penso que cartas como o Clone não deveriam ser usadas como Terminates para lendas e esse problema pelo menos fica assim resolvido. Também acho que ninguém deveria ser tão brutalmente prejudicado por baixar acidentalmente 2 lendas iguais, e que a hipótese de escolher uma seja perfeitamente razoável. Até jogar penso que concorde com elas, resta agora saber se alguem vai conseguir abusar negativamente delas.

World Magic Cup

Haver um campeonato do mundo por equipas, como evento exclusivo é espetacular. A distinção entre o campeonato do mundo individual e por equipas foi muito bem conseguida e o formato feito foi super interessante. Resta agora encontrar um modo razoável para atribuição dos slots da equipa. Penso que os 4 primeiros classificados de cada país por Pro Points fosse plausivel, ou então os 3 primeiros + o Campeão Nacional (sim, já voltavam com isso… ver mais à frente). Ser apenas considerado 1 jogador por Pro Points, está longe de demonstrar o valor real de uma nação a nível de Magic. Num jogo que é bastante influenciado pela sorte, ser decidido cada slot em formato de winner takes all não me parece minimamente adequado.

Negativas (aka cenas que me irritam!)

Hexproof

Tinham uma habilidade super honesta como o shroud, e decidiram criar o monstro do heexproof. Há poucas coisas que me irritam mais do que perder para um 1-1 de merda que não pode ser bloqueado suited com mil equipamentos e duas mil auras, proporcionando jogos com nada de interativo e com tudo de frustrante. A sério… não façam mais bixos com hexproof, façam-nos com shroud, alguns até podem ser um bocado undercosted, imaginem o Geist of Saint-Traft com shroud em vez de hexproof. Honesto, right?

Decks ultra-agressivos

Antigamente tínhamos tipo o Sligh, ou o Boros. Decks que eram considerados agressivos, que tinham mãos consistentes e castigavam os oponentes com decks mais clunky ou draws medíocres. Agora temos autênticos decks de combo com criaturas. Primeiro turno Champion, segundo turno Burning-Tree Emissary, Burning-Tree Emissary, Mayor foi algo que já me os meus oponentes já me fizeram mais vezes do que aquelas que considero expectáveis, e que eu acho que não deviam existir. Pelo menos antigamente com o affinity, baniram quase 10 cartas do deck e fizeram o Kataki, a Ancient grudge e a cryptic corrosion. Deviam haver decks agressivos, mas com moderação! A existência deste tipo de decks já afetou milhares de inocentes que tiveram que aturar os inúmeros posts no Narciso no facebook após ter vencido o PTQ online. Pensem nisso Wizards, pensem nisso!

Planeswalker points (de certa forma)

Concordo que o Elo ranking não era adequado, de modo a incentivar alguns jogadores a encostarem-se ao ranking. Bem… isso também só acontecia porque os jogadores do topo do ranking tinham grandes benefícios relativamente aos jogadores com ranking inferior. Vejamos agora. Não há Nacional, não há convites para o Pro Tour por ranking, a única coisa que poderia ter influencia direta com o ranking seria a atribuição de byes para GPs, e ainda assim, correr o risco de perder 1 bye num GP não é algo que faça assim tanta gente abdicar de jogar como a hipótese de perder o slot do Pro Tour ou no Nacional. Um sistema Elo em que se era penalizado por inatividade (por exemplo -10 pontos por cada mês que não se jogava) e que por outro lado se podiam obter bónus de pontos extra por X número de torneios jogados em Y período de tempo. Penso que seria um método no mínimo interessante.

Extinção do Campeonato Nacional

O Campeonato Nacional era o torneio que mais prazer me dava jogar durante o ano. É inexplicável a sua extinção. Não vejo porque é que a mudança do formato do Worlds, signifique o término de uma competição como o Nacional. Aliás… o apuramento para o World Magic Cup utilizando os 3 primeiros classificados do nacional + PoY de cada país, faria ainda assim mais sentido do que a criação dos WMCQ… Até os regionais eram torneios interessantes que consequentemente foram eliminados.

Extinção do Pro Tour de Teams

Muitos de vocês vão alegar que para isso há o WMC, mas na minha opinião, a criação de um evento como o WMC, em que cada equipa representa um país não deveria ser sinonimo da extinção do PT de equipas, em que tens hipótese de ver em ação as melhores combinações de Pro Players do mundo, bem como a hipótese de te juntares aos teus melhores amigos para te tentares qualificar no PTQ. São coisas distintas. Teams é fun, promove o convívio e devia ser algo que existisse a nível competitivo para toda a gente pelo menos uma vez por ano!

Metagames com 20 decks Tier 1 (é possível que esteja a exagerar)

Oiço muitas pessoas a dizerem que um metagame saudável é um metagame com 20 decks diferentes. Não poderia discordar mais. Quanto maior for o numero de decks do metagame menor é o nível de skill exigido. Aliás, no metagame do caw-blade ninguém tem duvida que foi dos formatos mais skill intensive de sempre. Como é obvio um metagame de um só deck não é saudável, se quero um jogo exclusivamente de skill, dedico-me ao xadrez. Por outro lado os metagames de 20 decks diferentes assemelham-se ao totobola. São demasiado aleatórios. É certo que podes prever um ou 2 resultados mas tás sempre dependente da sorte nos jogos de 1 X 2. Podes até ter o melhor deck, mas se não tens sorte nos matchups não vais a lado nenhum. Se jogas um torneio de 9 rondas e apanhas 8 decks diferentes, vai ser muito difícil fazeres melhor que 7-2. Vais sempre apanhar pelo menos dois maus matchups, e já assim tamos a assumir que ganhas os coin flips (mirror matchs ou 50-50 matchups). O gajo que jogou de Naya Blitz e apanhou 7 Junk renimator vai se estar a rir no top8, enquanto que tu vais tar a rezar para que os tie breakers te deem direito ao top16.
Os metagames mais saudáveis são sempre os de pedra-tesoura-papel. Por exemplo:
Tog >> Boros >> Affinity >> Tog

Dos três decks tens sempre um bom matchup, um mau matchup e um mirror match. Consegues assim ter uma maior consciência de qual dos 3 decks vai ser mais jogado, e preparares da melhor forma a abordagem aos outros dois matchups. Há ainda a hipótese de fazeres um metagame call com um deck rogue correndo menos riscos de ser totalmente massacrado pela existência de milhares de abordagens diferentes ao jogo.

Prize Pool dos GPs e sistema de distribuição de prémios em geral

Continuo sem compreender como é que o GP Las Vegas com 4500 pessoas teve a mesma prize pool e Pro Point destribution que o GP Taipei (2010?) com pouco mais de 200 pessoas. Penso que cada GP devia ter a prize pool os Pro Points, calculados e distribuídos de acordo com o numero de participantes. Vá la... O Nik fez X-3 em Londres e nem levou 1 eurito de consolação para casa… Na minha opinião, depois do cut para o top8, os prémios deviam ser distribuídos conforme o número de pontos. Não é justo que a pessoa que tenha melhores tiebreakers (especialmente em metagames tão diversos, em que o número de vitorias/derrotas dos oponentes não esteja tão diretamente relacionado com a qualidade desse jogador/dificuldade do jogo com tivemos contra ele, mas sim na sorte dos matchups com que fomos emparelhados), possam decidir se uma pessoa faz top8, top16 ou top32. O mesmo se aplica por exemplo a um Pre Release. Porque é que uma pessoa que faz 5-1 fica em 3º e ganha 16 packs, e uma pessoa que faz também 5-1 mas fica em 6º só tem direito a 8? No final do torneio, contavam-se os prémios a distribuir, viam-se os pontos dos jogadores, e davam-se os prémios de acordo com os pontos. Não é assim tão complicado e é certamente mais justo.

Bom, a lista já vai longa e as queixas já são muitas. Se acham que me esqueci de algum tópico importante ao qual gostavam de saber a minha opinião perguntem nos comentários aqui em baixo!
Um abraço

mad