segunda-feira, 15 de julho de 2013

Mudanças!

Para quem já joga Magic há tanto tempo quanto eu, é fácil verificar que muita coisa mudou desde o dia em que o pequeno Gonçalinho decidiu comprar um baralho de Fortaleza. Nem sempre fazer um Lightning Bolt em resposta a um Giant Growth foi uma jogada trivial, nem bloquear um Mogg Fanatic com uma Sakura-tribe Elder foi tão “complexo” como é hoje. Vou então fazer uma lista das mudanças que acho que foram positivas ou negativas para o jogo, desde que comecei a jogar. (pelo menos as que me lembrar):

Positivas:


O Stack

Penso que não seja necessário explicar muito o porquê desta mudança ter sido positiva para o jogo. Para os mais novos até deve ser difícil de compreender que os únicos spells que poderiam ser jogados em resposta a outros eram as mágicas de interrupção (counters/rituais) e que a tudo o resto era aplicada uma teoria do tipo “Já está, já está!”. Raio no Savannah. Tens Crescimento na mão? Temos pena, já está, já está! Fireblast em ti. Tens Healing Salve na mão? Azar! Já está, já está! O magic só teria vivido tantos anos de forma tão saudável graças a esta mudança com as famosas regras de 6ª.

Dano de combate

Na altura das regras de 6ª também o dano de combate ia para o stack. Do meu ponto de vista o jogo só teve a ganhar com a mudança para a regra atual. Para além de que explicar a regra do dano no stack a alguém que jogava há pouco tempo parecia unicamente que estávamos a abusar das regras, a nível de flavor não fazia sequer muito sentido. Termos oportunidade de salvar o nosso cavaleiro depois de já ter levado uma valente marretada do Vasquinho a descer a montanha não me parece muito razoável. Se queres fazer fog, é bom que o faças antes da cabeça do Cavaleiro estar a rebolar pelo chão do campo de batalha… Para além disso penso que em termos estratégicos seja muito mais interessante ter que decidir se preferimos um terreno, ou que o nosso Sakura-Tribe Elder lute até a morte quando este decide enfrentar o nosso amigo Tiago Chan.

Mulligans

Nem sempre fazer mulligan foi um dado adquirido. Pois é… antigamente tinhas que mostrar uma mão de 0 terrenos ou 7 terrenos para poderes fazer mulligan, caso contrario, snap keep! Basicamente tínhamos todos que encarnar o papel de Fred Gémeo a cada vez que tirávamos uma mão. Penso que poderia ainda ser melhorado. Um free mulligan por ronda, ou algo do género:
·         Mão de 7 cartas
·         Mão de 6 cartas + peek à do topo
·         Mão de 6 cartas
·         Mão de 5 cartas + peek à do topo
·         Mão de 5 cartas

Legend rule

Longe vão os tempos em que ser lenda, significava que só podias ter uma no baralho, ou que quem baixava primeiro a Lin-Sivvi tinha automaticamente ganho o mirror de rebeldes. É difícil dizer se as regras de M14 vão ser benéficas para o jogo a nível de estratégia, mas penso que cartas como o Clone não deveriam ser usadas como Terminates para lendas e esse problema pelo menos fica assim resolvido. Também acho que ninguém deveria ser tão brutalmente prejudicado por baixar acidentalmente 2 lendas iguais, e que a hipótese de escolher uma seja perfeitamente razoável. Até jogar penso que concorde com elas, resta agora saber se alguem vai conseguir abusar negativamente delas.

World Magic Cup

Haver um campeonato do mundo por equipas, como evento exclusivo é espetacular. A distinção entre o campeonato do mundo individual e por equipas foi muito bem conseguida e o formato feito foi super interessante. Resta agora encontrar um modo razoável para atribuição dos slots da equipa. Penso que os 4 primeiros classificados de cada país por Pro Points fosse plausivel, ou então os 3 primeiros + o Campeão Nacional (sim, já voltavam com isso… ver mais à frente). Ser apenas considerado 1 jogador por Pro Points, está longe de demonstrar o valor real de uma nação a nível de Magic. Num jogo que é bastante influenciado pela sorte, ser decidido cada slot em formato de winner takes all não me parece minimamente adequado.

Negativas (aka cenas que me irritam!)

Hexproof

Tinham uma habilidade super honesta como o shroud, e decidiram criar o monstro do heexproof. Há poucas coisas que me irritam mais do que perder para um 1-1 de merda que não pode ser bloqueado suited com mil equipamentos e duas mil auras, proporcionando jogos com nada de interativo e com tudo de frustrante. A sério… não façam mais bixos com hexproof, façam-nos com shroud, alguns até podem ser um bocado undercosted, imaginem o Geist of Saint-Traft com shroud em vez de hexproof. Honesto, right?

Decks ultra-agressivos

Antigamente tínhamos tipo o Sligh, ou o Boros. Decks que eram considerados agressivos, que tinham mãos consistentes e castigavam os oponentes com decks mais clunky ou draws medíocres. Agora temos autênticos decks de combo com criaturas. Primeiro turno Champion, segundo turno Burning-Tree Emissary, Burning-Tree Emissary, Mayor foi algo que já me os meus oponentes já me fizeram mais vezes do que aquelas que considero expectáveis, e que eu acho que não deviam existir. Pelo menos antigamente com o affinity, baniram quase 10 cartas do deck e fizeram o Kataki, a Ancient grudge e a cryptic corrosion. Deviam haver decks agressivos, mas com moderação! A existência deste tipo de decks já afetou milhares de inocentes que tiveram que aturar os inúmeros posts no Narciso no facebook após ter vencido o PTQ online. Pensem nisso Wizards, pensem nisso!

Planeswalker points (de certa forma)

Concordo que o Elo ranking não era adequado, de modo a incentivar alguns jogadores a encostarem-se ao ranking. Bem… isso também só acontecia porque os jogadores do topo do ranking tinham grandes benefícios relativamente aos jogadores com ranking inferior. Vejamos agora. Não há Nacional, não há convites para o Pro Tour por ranking, a única coisa que poderia ter influencia direta com o ranking seria a atribuição de byes para GPs, e ainda assim, correr o risco de perder 1 bye num GP não é algo que faça assim tanta gente abdicar de jogar como a hipótese de perder o slot do Pro Tour ou no Nacional. Um sistema Elo em que se era penalizado por inatividade (por exemplo -10 pontos por cada mês que não se jogava) e que por outro lado se podiam obter bónus de pontos extra por X número de torneios jogados em Y período de tempo. Penso que seria um método no mínimo interessante.

Extinção do Campeonato Nacional

O Campeonato Nacional era o torneio que mais prazer me dava jogar durante o ano. É inexplicável a sua extinção. Não vejo porque é que a mudança do formato do Worlds, signifique o término de uma competição como o Nacional. Aliás… o apuramento para o World Magic Cup utilizando os 3 primeiros classificados do nacional + PoY de cada país, faria ainda assim mais sentido do que a criação dos WMCQ… Até os regionais eram torneios interessantes que consequentemente foram eliminados.

Extinção do Pro Tour de Teams

Muitos de vocês vão alegar que para isso há o WMC, mas na minha opinião, a criação de um evento como o WMC, em que cada equipa representa um país não deveria ser sinonimo da extinção do PT de equipas, em que tens hipótese de ver em ação as melhores combinações de Pro Players do mundo, bem como a hipótese de te juntares aos teus melhores amigos para te tentares qualificar no PTQ. São coisas distintas. Teams é fun, promove o convívio e devia ser algo que existisse a nível competitivo para toda a gente pelo menos uma vez por ano!

Metagames com 20 decks Tier 1 (é possível que esteja a exagerar)

Oiço muitas pessoas a dizerem que um metagame saudável é um metagame com 20 decks diferentes. Não poderia discordar mais. Quanto maior for o numero de decks do metagame menor é o nível de skill exigido. Aliás, no metagame do caw-blade ninguém tem duvida que foi dos formatos mais skill intensive de sempre. Como é obvio um metagame de um só deck não é saudável, se quero um jogo exclusivamente de skill, dedico-me ao xadrez. Por outro lado os metagames de 20 decks diferentes assemelham-se ao totobola. São demasiado aleatórios. É certo que podes prever um ou 2 resultados mas tás sempre dependente da sorte nos jogos de 1 X 2. Podes até ter o melhor deck, mas se não tens sorte nos matchups não vais a lado nenhum. Se jogas um torneio de 9 rondas e apanhas 8 decks diferentes, vai ser muito difícil fazeres melhor que 7-2. Vais sempre apanhar pelo menos dois maus matchups, e já assim tamos a assumir que ganhas os coin flips (mirror matchs ou 50-50 matchups). O gajo que jogou de Naya Blitz e apanhou 7 Junk renimator vai se estar a rir no top8, enquanto que tu vais tar a rezar para que os tie breakers te deem direito ao top16.
Os metagames mais saudáveis são sempre os de pedra-tesoura-papel. Por exemplo:
Tog >> Boros >> Affinity >> Tog

Dos três decks tens sempre um bom matchup, um mau matchup e um mirror match. Consegues assim ter uma maior consciência de qual dos 3 decks vai ser mais jogado, e preparares da melhor forma a abordagem aos outros dois matchups. Há ainda a hipótese de fazeres um metagame call com um deck rogue correndo menos riscos de ser totalmente massacrado pela existência de milhares de abordagens diferentes ao jogo.

Prize Pool dos GPs e sistema de distribuição de prémios em geral

Continuo sem compreender como é que o GP Las Vegas com 4500 pessoas teve a mesma prize pool e Pro Point destribution que o GP Taipei (2010?) com pouco mais de 200 pessoas. Penso que cada GP devia ter a prize pool os Pro Points, calculados e distribuídos de acordo com o numero de participantes. Vá la... O Nik fez X-3 em Londres e nem levou 1 eurito de consolação para casa… Na minha opinião, depois do cut para o top8, os prémios deviam ser distribuídos conforme o número de pontos. Não é justo que a pessoa que tenha melhores tiebreakers (especialmente em metagames tão diversos, em que o número de vitorias/derrotas dos oponentes não esteja tão diretamente relacionado com a qualidade desse jogador/dificuldade do jogo com tivemos contra ele, mas sim na sorte dos matchups com que fomos emparelhados), possam decidir se uma pessoa faz top8, top16 ou top32. O mesmo se aplica por exemplo a um Pre Release. Porque é que uma pessoa que faz 5-1 fica em 3º e ganha 16 packs, e uma pessoa que faz também 5-1 mas fica em 6º só tem direito a 8? No final do torneio, contavam-se os prémios a distribuir, viam-se os pontos dos jogadores, e davam-se os prémios de acordo com os pontos. Não é assim tão complicado e é certamente mais justo.

Bom, a lista já vai longa e as queixas já são muitas. Se acham que me esqueci de algum tópico importante ao qual gostavam de saber a minha opinião perguntem nos comentários aqui em baixo!
Um abraço

mad 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Votação concluída!

  A segunda edição da rubrica "Amiga de amigo meu é como bota da tropa" está agora concluída. Foi notória a simpatia dos leitores do Blog do Toni pelas 4 grandes amigas do Tiago Fonseca!


  Se acham que têm amigas à altura de participar neste desafio, basta contactarem-me por mensagem privada no facebook, ou por email, ou no magic online, ou através de um comentário. O que quer que seja!

mad

PS:

terça-feira, 9 de julho de 2013

O Dimitri descobre que o Dores afinal ganhou o jogo

  O Blog do Toni teve acesso a uma reportagem exclusiva para o 24Russia do Trial para Varsóvia em Queluz, onde o nosso amigo Dimitri descobriu com enorme surpresa que afinal os 20 euros não estavam perdidos... Vale a pena ver!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Amiga de amigo meu é como bota da tropa... Também marcha! #2

  E como o prometido é devido, o Blog do Toni apresenta a segunda edição da famosa rúbrica "Amiga de amigo meu é como bota da tropa... Também marcha".


  Desta vez o nosso amigo Tiago Fonseca apresentou nos duas amigas suas, a Joana e a Carolina:
  Do lado esquerdo está a Joana e do lado direito está a amiga Carolina.

 Como sempre podem proceder à votação na Sidebar do lado direito do vosso ecran!

mad


terça-feira, 2 de julho de 2013

Há quanto teeeeempo...

  Não sei o que me deu na cabeça.

  Sinceramente. Não sei mesmo. Talvez seja do calor, talvez seja pelo facto do ministro das finanças se ter finalmente demitido, ou quem sabe talvez seja exclusivamente a vontade de fazer chacota dos adeptos do Sporting com a opção de eliminar os comentários menos apropriados de alguns infelizes amigos desse tal clube do Norte. O que é certo é que voltei a escrever.

  Passados quase três anos desde o ultimo post, várias coisas se sucederam na minha vida. Acabei a faculdade, arranjei emprego, arranjei gaja, arranjei casa e até me casei. Nada mau! Caso o Mestre da Tática tivesse um playbook com mais de 11 nomes diferentes e até as minhas alegrias futebolisticas teriam sido bem mais do que as que vêm la do outro lado da segunda circular.

  Mas ainda falta algo.

  Talvez o facto ter sido novamente campeão de Beer Pong, com o mesmo parceiro de outros tempos, sem que tenha ficado registado algo para a posterioridade (para além da grandessissima dor de cabeça do dia seguinte), ou o facto de o puto Fifi ser agora um respeitavel agente de segurança pública, com autoridade suficiente para identificar e deter as mesmas senhoras que há tempos faziam pouco da habilidade do petiz em manejar a sua própria arma, ou o simples facto de querer mostrar os meus poucos dotes Mágicos a alguns infelizes que acham que ainda podem aprender alguma coisa coisas comingo.

  O que é certo é que o blog vai voltar a ter algum movimento, quer seja em textos, videos, streams do MTGO ou a famosa rúbrica do "Amiga de amigo meu é como Bota da Tropa".

  Aguardem!

 mad